Resumo da sessão de Março
O jogo de Março de 2017 contou com muitas surpresas e revelações sobre as Terras Ancestrais (terra natal dos elfos), confira ai abaixo...
Enquanto hóspedes de Meldon Galadon, ainda na Casa de
Preservação da Memória Elfica, tiveram tudo o que poderiam desejar. Indo de boa
comida, caça, bebidas e muito conforto sem serem taxados ou cobrados de nada em
momento algum.
Quando tudo parecia ir de vento em popa – incluindo a
discussão sobre o que o Grupo e os elfos deveriam fazer a respeito da proporção
que a situação do Culto havia tomado, "alguém" sinalizou o alerta para velas negras que rumavam para o Estreito das Estrelas Cadentes, ao
sul de Zimos, próximo ao Reino Amarilis - Naquele dia, as velas negras foram o
motivo de um grande alvoroço que movimentou muitos elfos no pier principal do porto da
Casa de Meldon Galadon...
Capitão James Flint o demônio dos mares |
Assim que receberam o aviso do observatório, de que as velas pertenciam ao barco do Capitão Flint, todos se sentiram mais aliviados por se
tratar de um amigo e não de um possível invasor.
Assim que a tripulação de Flint inicia o desembarque, todos
puderam ver que haviam “novatos” na
tripulação: 3 dragonborns dourados e 1 meio orc.
Tão logo foi possível observar melhor os recém chegados,
alguns integrantes do Grupo perceberam que um dos 3 dragonborns era ninguém menos que o
“douradinho” que teoricamente os ajudou em Arcânia durante o evento do Duplo do Sorcerer.
E qual foi a surpresa de todos (Grupo) ao ver que o meio orc recém chegado era o mesmo “intrépido” capitão da patrulha que (acusado de incompetência) iniciou um confronto
com a Caravana Bienal, “exigindo” que fosse realizado um desvio para atender
às necessidades dos Orcs do Forte da Vigília, ainda no Reino de Aksum.
Patrulheiro Raditz Ex-Capitão do Forte da Vigília Reino de Aksum |
Mas tarde, quando em conversa com o Grupo, esse mesmo meio
orc, contou que foi destituído de seu posto de capitão e realocado entre os
patrulheiros; o que apesar de "desonroso" lhe fez muito bem para aprender mais sobre sua função de liderar. Sendo obrigado a melhorar sua perícia como guerreiro
e como comandar eficientemente melhor seus subordinados.
Contou ainda que, durante uma patrulha ao norte da Floresta
da Solidão, quase a meio caminho da cidade de Porto das Marés, eles avistaram
sinais de luta e se moveram para apaziguar o confronto (a tropa orc do Forte da
Vigília é uma poderosa força que existe para manter a paz do rei em todos os
locais, sendo assim, foram cumprir seu dever).
Chegando ao local, puderam perceber melhor a situação e antes de poderem ver o tamanho da encrenca, o "líder" havia tombado - vendo uma "brecha" (e necessidade) para assumir o papel de líder, constatou que não haviam opções a considerar, partindo com sua pequena patrulha para o "olho do furacão" em busca de proteger os 3 dragonborns (que salvo 2 deles, aparentemente nenhum sabia sequer o que estava acontecendo, e pelo visto, lutar era uma coisa tão avessa a eles que estavam sendo abatidos como moscas).
A maioria dos algozes utilizavam magia, e aqueles que não o
faziam, eram rápidos demais para as grandes armas dos Orcs (armados com lanças e escudos ou pesadas glaives). Em pouco tempo a
pequena tropa de Raditz estava cercada e sendo subjugada junto aos dragonborns que vieram acudir - e aquele se mostrava o segundo grande erro de Raditz em comando (perdendo uma segunda tropa)...
Falésias próximas à cidade de Porto das Marés |
Vendo que a vitória era simplesmente impossível, Raditz pegou os 2 últimos dragonborns sobreviventes (Chefe Zhou e Mestre Kriv) e correu com eles para as falésias.
Chegando ao
limite de suas forças e sem caminho para continuar a fuga, não viu outra maneira de se salvar (e aos dragonborns) a
não ser se atirar aos braços do mar revolto, rezando aos deuses dos orcs e
humanos para que não caísse sobre nenhuma das afiadas pedras abaixo...
Naquele momento Raditz conseguiu com muita dificuldade encontrar detritos (pedaços de madeira de antigos barcos ou navios) para apoiar os dois que carregou consigo enquanto tentava a todo custo nadar para longe do alcance visual das figuras encapuzadas.
Apesar de todos os 3 estarem conscientes, parecia que Raditz fazia todo o trabalho sozinho. E depois de horas lutando contra o mar, buscando algum local seguro para se aproximarem novamente das falésias, foram avistados e resgatados por uma
pequena embarcação que os levou para um
grande navio de velas negras onde conheceu o Capitão Flint e sua tripulação.
A história do meio orc batia em detalhes com a dos 3
dragonborns, exceto (obviamente) nos pontos em que ainda não haviam se encontrado.
Imediatamente após atestarem a veracidade da história,
Meldon Galadon chamou a todos para conversar no Grande Salão de Jantar - e aproveitarem um pouco da hospitalidade da Casa de Preservação da Memória Elfica.
Alguns momentos únicos permearam a reunião: Protagonizados por palavras
que deveriam ter se mantido em silêncio ao invés de pronunciadas e, pra completar (segundo os pensamentos do próprio Meldon Galadon), algumas
coisas foram reveladas e certamente deveriam ter permanecido em segredo (para a segurança de todos)...
Nessa conversa, Meldon finalmente realizou com quem estava lidando e o porque de Elrond ter insistido em trazê-los para as Terras Ancestrais às pressas, e não somente sua filha, como ele pensava que fosse...
O momento de “iluminação” de Meldon não durou tanto assim...
Em instantes, o ambiente de conversas se tornou um inexplicável palco de
ações rápidas, seguidas de uma série de decisões que demandavam objetividade e
precisão por parte de todos os presentes (que foram envolvidos pelo poder de
Faer’Annon, que até então estava oculto entre os pertences do jovem halfling).
O Ambiente passou por um "distanciamento" se tornando sombrio e silencioso. Tudo parecia envolto numa esfera de penumbra e sombras, com o ar pesado e difícil de se respirar...
Como se isso não fosse suficiente, estavam sendo atacados por uma estranha "manifestação incorpórea" que se movia de forma sorrateira, parecendo ter sido retirada de um pesadelo sobre o
plano das sombras.
Pelas "leis" das terras dos elfos, o Grupo entrou desarmado no Grande Salão de Jantar, sendo transportados para esse local e vendo-se indefesos (Guerreiros e Rogues).
Após uma rápida análise da situação, perceberam que, embora desacordados, Flint, Zhou e Meldon carregavam suas armas. Sem pensar 2 vezes, os guerreiros e ladinos do Grupo simplesmente “lootearam” aqueles que estavam no chão e
partiram para a única ação que lhes era cabível naquele momento...
O combate parecia se mostrar cada vez mais longo e complicado, por mais que acertassem a criatura, não havia qualquer esboço de dor, ou cansaço frente às investidas físicas e mágicas que o
Grupo realizava.
Mas para a surpresa de todos, dentro em pouco tempo a sorte do Grupo pareceu sorrir
novamente!
Finalmente a criatura acabou indo encontrar seu criador de “mãos vazias” (já
que o combate teve início quando o Sorcerer percebeu um distúrbio na magia
primordial que flui por Zimos e viu mãos esqueléticas saindo de um portal e
tentando agarrar o Warlock Solomon).
Com a derrota da criatura, esfera de penumbra e sombras simplesmente se desfez e todos puderam ver que ainda estavam no Grande Salão de Jantar com TODOS os elfos de pé e a postos para atacar o que quer que aparecesse dali.
Vendo que Flint, Zhou e Meldon estavam desacordados, o Grupo tratou de finalmente tentar ajudá-los da melhor forma possível junto aos "especialistas" que foram aparecendo no salão.
Tão logo tudo se normalizou, foi dado início à sessão de explicações...
Enquanto os personagens se abriam com o líder dos elfos, duas "histórias" foram extremamente mais valorizadas por Meldon: A história de Solomon a respeito do pacto com sua entidade patronal e principalmente o conto do halfling sobre como conseguiu o estranho Cubo que trazia consigo...
O Cubo Faer'Annon O artefato que está com o Halfling |
Após tudo isso, Meldon respondeu o pouco que sabia sobre cada uma das perguntas feitas e culminou sua oratória com o conto sobre o antigo rei Ar'El, a "Grande Retirada" das Terras Ancestrais do convívio mundano e obviamente onde e como tudo isso se relacionava com a criação de Faer'Annon (o Cubo que o halfling carregava) - Embora estivesse maravilhado pela redescoberta do artefato elfico, Meldon era um elfo de princípios! Sabia que não podia arcar com o valor do item, então prometeu ao Grupo que jamais moveria qualquer força no mundo para retirar o artefato das mãos deles, mas aguardaria (amigavelmente) pacientemente para reavê-lo após o tempo reclamar a vida de todos (nesse caso, o "problema" com o plano de Meldon era Stephanie, que ainda era um jovem elfa, com muito tempo para viver)...
Dentre todos que pegaram alguma coisa, apenas Stephanie e Tark foram mais ousados que os outros... Pedindo para ficar com as armas que escolheram no calor da luta.
Primeiro Stephanie foi ter com o Capitão Flint sobre a adaga que usou durante o combate. Eles conversaram pouco e no fim, o que realmente importava dentre tudo o que foi dito era: Flint avisou a Stephanie que a arma era amaldiçoada.
E que para ficar com ela, Stephanie precisava aceitá-la (incluindo a maldição) - o que livraria o próprio Flint da maldição que carregava por 15 anos.
Flint explicou o que aconteceria a Stephanie, que por sua vez, não viu problema algum em conviver com a maldição da adaga - apesar de ainda não ter "sincronizado" com a arma.
Por último e não menos importante, foi a vez de Tark conversar com Zhou sobre a grande espada que "pegou emprestado" com o velho dragonborn...
Zhou disse que Tark estava carregando um grande tesouro ancestral que ele descobriria ser muito mais do que uma simples arma bonita feita de Jade...
Durante a conversa, foi explicado ao Bárbaro que essa arma carregava a alma de um grande conquistador de um passado remoto (do tempo em que as civilizações que conhecemos estavam se formando) e que para usá-la com propriedade, Tark teria que se "conectar" com a arma - mas que isso não seria uma tarefa simples! Afinal de contas, um conquistador só obedece a si mesmo e àqueles a quem respeita. E cedo ou tarde, ele teria de enfrentar o espírito da espada (antes de ir embora sorrindo, Zhou disse alguma coisa à arma numa língua que apenas uma pessoa do Grupo entendeu).
Por fim, parece que a espada não estava afim de esperar o melhor momento para "conversar" com seu novo portador. Sem explicação alguma ela começou a "voar" e atacar o Bárbaro que fazia o possível para tentar subjugá-la (até mesmo tentando segurá-la de modo a impedir que o atacasse ou mais alguém - sendo ajudado pelo Grupo nessa tarefa).
Após esse evento, em que tentavam apaziguar o espírito de luta da grande espada de jade, o Grupo teve mais um pouco de paz e calma (pelo menos para passar a noite).
Pela manhã, Meldon os reuniu numa sala pequena falando em voz baixa e mostrando-se muito desconcertado sobre o que iria pedir ao Grupo, foi aos poucos abrindo o jogo de maneira tímida fazendo questão de deixar claro que o Grupo não tinha a obrigação de aceitar o que estava por vir...
Meldon contou que, na posição de líder da Casa de Preservação da Memória Elfica, era "comum" que alguns assuntos "fantasiosos" chegassem a seu conhecimento. E que algumas vezes, durante a averiguação dos fatos, o boato se mostra mais real e perigoso do que se espera que seja - mas até ai, onde é que entraria o Grupo?
E ele finalmente expôs que, ouviu histórias da presença de um Observador no Reino Amarilis. E que como a criatura está habituada aos olhares e comportamento dos elfos das Terras Ancestrais, talvez, o Grupo fosse mais indicado para tentar encontrá-lo, já que possuem uma percepção totalmente diferenciada em relação ao Império de Zimos - pesando a gravidade da proposta, ele sempre deixou claro que o Grupo poderia se negar a buscar o monstro. Mas se aceitassem, CERTAMENTE cairiam nas graças do Imperador e, quem sabe poderiam até mesmo conseguir um grande aliado na luta contra o Culto de Briarfell.
Com o aceite do Grupo, Meldon se propôs a escoltá-los no navio do Capitão Flint pelo Estreito das Estrelas Cadentes até as terras do Reino Amarilis, onde aportariam seguramente nas praias próximas à Ataquë Lossë'Lómë (Fortaleza da Flor da Noite) e encontrariam o mestre carpinteiro Hîr Arannis Amakiir para mais informações sobre o local e sobre qualquer pista que levasse o Grupo a encontrar o Observador.