CONHECIMENTOS - Faer’Annon (A Porta do Espírito)

A Lenda de sua Criação

É sabido (apenas pelos elfos mais antigos) que há muito tempo atrás, quando os Deuses andavam livremente pelo mundo, existiam fendas e portais que abriam/fechavam espontaneamente, criando um encurtamento de distâncias que funcionavam como portas dimensionais ou mesmo um tipo de teletransporte espontâneo... Mas que por vezes eram ainda mais poderosas, permitindo até mesmo o acesso irrestrito entre os planos.
Após a chegada do Vazio no mundo (Ulmer), essas portas foram sendo fechadas uma a uma por causa da imensa energia negativa do Vazio, que funcionava como um dreno, absorvendo todo o poder de cada porta, a fim de se manter por mais tempo no Plano Primário.
Rei Ar'El
Com medo do destino terrível que se abateria sobre A Criação, Ar’El (o primeiro rei dos elfos de Ulmer, chamado de Pai Eterno pelo seu povo e conhecido por Rei Estelar nas outras culturas que tiveram contato com os elfos) caminhou humildemente até os deuses e, implorou pelo poder da Forja dos Deuses para concretizar seu plano de salvar as fendas naturais (e todo o bem que elas traziam)...
Quando "desceu" novamente ao mundo mortal, o rei estava triste. Infelizmente nem mesmo ele, que era tido como um um ser de luz, tinha poder suficiente para manipular a Forja dos Deuses.
Depois de refletir muito, colocou não apenas a sua imortalidade em jogo, mas a de todo o seu povo pesando na Balança do Destino, apostando que isso talvez fosse suficiente para se apresentar novamente ante os Deuses; que aceitaram de bom grado a sua moeda de troca - permitindo que Ar’El finalmente alcançasse a Forja dos Deuses e pusesse seu colocar seu plano em prática: Criar o poderoso artefato, que posteriormente viria a se chamar (por eleFaer’Annon.
Depois de muito tempo de trabalho, ele retornou ao mundo mortal para descobrir que haviam se passado 240 anos em Ulmer. E Ar’El encontrou um mundo já abatido pelo Vazio, poucas fendas restavam intactas, muitas das florestas e terras sagradas haviam sido destruídas pela energia negativa e "a luta" havia finalmente chegado às Terras Ancestrais.
Praticamente sem ter mais como lutar, o povo de Ar’El contava apenas com o poder das divindades elficas Larethiel (fogo), Narnal (água), Valandil (terra), Angrod (ar), Eladan (luz), Seros (trevas) e Illaniel (magia) que num ato desesperado drenaram praticamente todas suas forças, num complexo ritual de "magia proibida", sacrificando (voluntariamenteAnielle (natureza) e Anvilladon (vida, que já estava muito enfraquecido pelo acordo de Ar’El) para erguer a barreira eterna que separa as Terras Ancestrais do alcance de qualquer divindade (ou ser extra planar), afastando de vez os reinos elficos do alcance do resto do mundo.
Essa ação desesperada de Ar'El protegeu o amado legado dos elfos mas, em contrapartida cortou de vez o vínculo mágico de todos os elfos que estavam fora das Terras Ancestrais durante o erguimento da barreira, afetando inclusive aqueles que nasceram no "Mundo Mortal" após esse evento...
O Corte do Vínculo com as Terras Ancestrais:
Esses elfos perderam a memória de suas origens. Apesar de saberem que não pertenciam às terras em que estavam vivendo, não sabiam ao certo de onde tinham vindo. Criando diversas comunidades elficas bem distintas ao redor do mundo. Com o tempo, esses povos foram aos poucos "se lembrando" de quem eram e de onde tinham vindo, mas os efeitos da barreira não podiam ser revertidos.
Entre as (novas) características que se abateram sobre esses elfos, podem ser enumeradas:
---> Maiores: Os (novos) elfos são maiores que aqueles viventes dentro das Terras Ancestrais, alcançando até 1,85 m. de altura.
---> Dialeto Elfico: A língua materna dos elfos foi alterada ao longo do tempo, sendo acrescida de diversas expressões e mudando drasticamente. Todos os elfos nascidos no Mundo Mortal não sabem o idioma elfico clássico, sabendo apenas o dialeto de sua região.
---> Expectativa de vida extremamente reduzida: Algo em torno de 1/3 do normal para qualquer elfo descrito no PHB.  
Apesar do impacto que esse "afastamento" causou em Ulmer, já bastante enfraquecendo pela ação constante do Vazio, a luta contra a "entidade" continuava nas Terras Ancestrais. Mas dessa vez, o rei Ar’El tinha em suas mãos o poder da Última Fenda!
Carregando consigo a bênção e maldição do peso de sua decisão e sacrifício - detendo também a Última Chave para para qualquer reino, inclusive o dos deuses. O rei avança em direção à frente de batalha a fim de expulsar o Vazio das Terras Ancestrais numa batalha quase infindável, consumindo muito dos 2 lados dessa luta.
Uma página das escrituras
que falam sobre o poder
do artefato Faer'Annon
Com o fim do confronto e, finalmente tendo salvo suas terras, seu povo e a Última Fenda, o rei se sentiu traído pela inevitabilidade da Força do Destino. Pois sempre que olhava para o Mundo Mortal, tudo o que lhe vinha à mente era o Vazio destruindo consumindo tudo à sua volta.
A vitória e a perda tinham o mesmo peso em sua alma, culminando com a esmagadora culpa de não fazer nada para salvar o resto do mundo, que o consumia da mesma forma que o Vazio ainda fazia com o mundo - impotente ante o poder da Entropia.
Já enfraquecido e definhando em vida, se vendo "obrigado" a drenar a energia primordial de suas amadas Terras Ancestrais para se manter vivo e alerta, o antigo rei fez o sacrifício máximo e abandonou a existência, deixando a guarda para seus descendentes...
O rei Ar’El "desceu" das Terras Ancestrais em direção ao mundo não elfico em posse de Faer’Annon decidido a utilizar o artefato apenas mais uma vez e banir o Vazio (segundo o que se sabe, os registros apontam que o rei estava acompanhado de seus fieis servos, amigos e companheiros de luta, e segundo as canções, um desses amigos era Dael'Lian Sardonwëo maior de todos os druidas elficos).
Enquanto seus fiéis companheiros lutavam contra a Entropia, o rei Ar'El utilizou TODA a energia primordial que havia drenado das Terras Ancestrais (juntamente com uma considerável carga de energia do Mundo Mortal, uma grande parte da energia de seus companheiros de luta, as forças das tropas inimigas e até mesmo de toda sua própria essência de vida) para completar o maior ato de heroísmo de toda sua existência! Maior inclusive do que sobreviver às provações da Forja dos Deuses - o banimento da Entropia.
Porém, seus companheiros e amigos (assim como seu povo) não esperavam que o rei Ar’El houvesse levando consigo todo o conhecimento para manipular e abrir as portas de Faer’Annon (de maneira segura).
Eras se passaram e o povo de Ar’El perdeu muito mais que sua imortalidade... A luz havia deixado seu povo, a alegria e a fé não habitavam mais seus corações e a última das maldições se abateu quando Faer’Annon foi roubada ao custo do sangue de (quase) todos os descendentes de Ar’El – afetados por uma estranha doença que matou seus descendentes de desgosto pela vida (levando-os ao suicídio).
Os poucos que restaram, permaneceram vivos por estarem fora das Terras Ancestrais (na época em que Faer’Annon roubada). Vivendo hoje sob outro nome, nas linhagens de 3 Grandes Casas (que provavelmente não possuem total clareza a respeito de sua ancestralidade): Thart’AronVaiwanorë e Zylmaris.


OBS: Esse conhecimento a respeito das famílias que descendem diretamente de Ar'El veio a ser revelado somente a algumas pessoas (elfos) por meio de um poder chamado de Sonhos Mágicos, uma habilidade que alguns seres de sangue elfico possuem de se conectar com o fluxo de magia, podendo ver e às vezes até mesmo interagir com o passado (muito raramente é dada a chance da pessoa ver algum dos muitos futuros possíveis).


O Poder do Artefato

Faer’Annon tem a forma de um grande cubo repleto de partes móveis, consistindo em combinações de engrenagens, botões, alavancas e placas protegidas por diversas e inesperadas armadilhas praticamente IMPOSSÍVEIS de se detectar por mortais (Arcana, DC:15 para elfos / DC: 20 para não elfos).
O trabalho de Ar’El criou um artefato capaz de abrir portais para qualquer local na Criação (ao custo de fragmentos da vida de seu manipulador), quando as portas levam a Semi-Planos ou Bolsões Existenciais, o preço pode ser ainda maior (se a tentativa de manipular Faer’Annon levar à abertura para os planos Celestiais é quase certo que nem mesmo os anos de vida de um elfo sejam suficientes para saciar a sede de Faer’Annon).
Durante o tempo em que esteve nas Terras Ancestrais, o Cubo abriu passagem para a casa dos deuses por duas vezes – sacrificando muitos anos de vida de um círculo inteiro de voluntários elficos (que após essas tentativas, aprenderam a manipular energia da Magia Primordial que flui nas Terras Ancestrais em complexos rituais arcanos a fim de simular a magia imbuída na caixa, possibilitando a criação dos famosos e precisos Círculos Elficos de Teleporte).

OBS 1: Apesar de não existir nenhum registro ou comprovação, é sabido que alguns poucos "pensamentos" foram escritos em certos volumes especiais na Biblioteca de Zimos (mais precisamente, na Casa de Preservação da Memória Elfica) que "teorizam" sobre a incrível possibilidade de Faer’Annon ser capaz de abrir fendas no espaço-tempo, permitindo que seu manipulador consiga além realizar o feito memorável de transitar livremente entre os planos ou trazer quaisquer seres à sua presença (assim como bani-los, dependendo da situação). Também seja capaz de utilizar os poderes de Faer'Annon para viajar no tempo e quem sabe, até mesmo enganar a morte... 
OBS 2: Dizem (existem grandes suspeitas) que Faer’Annon foi roubada por Krynieer Thart’Aron em seus últimos dias de vida (pai do primeiro imperador elfico Calion Thart’Aron); ainda na época das Grandes Navegações Elficas, quando um dos grandes objetivos dos elfos era estreitar as relações há muito perdidas com o mundo não elfico, enviando seus Cavaleiros Místicos como embaixadores a todas as nações que abrissem suas portas.


O Segundo Cubo


Poucos ou nenhum elfo (nem mesmo aqueles aprendizes mais próximos) tem conhecimento do real papel de Dael'Lian Sardonwëe em todo o enredo que envolve o rei Ar'El e sua grande criação, Faer’Annon.
Assim que o rei morreu, Dael'Lian convocou a presença de Illaniel (magia) e pediu à divindade que levasse o corpo de Ar'El de volta às Terras Ancestrais, pois um herói como ele merecia descansar em casa...
Assim que atravessaram o portal para as Terras AncestraisDael'Lian pediu um ultimo favor a Illaniel (magia), que retirasse o "sorvedouro" de Magia Primordial de Faer'Annon (também conhecido como A Chave).
Feito isso, Dael'Lian foi até o centro da Caverna da Torrente de Vida para sepultar seu amigo, plantando em sua "tumba" tanto o "sorvedouro" de Magia Primordial de Faer'Annon quanto uma árvore de Carvalho.
As eras se passaram e em algum momento de sua existência, Dael'Lian "acordou" O Grande Carvalho ligando suas almas, amarrando a vida de um à do outro - que depois de anos, ganhou o nome de Norno'Istari-Randa.
Com a ajuda da árvore, Dael'Lian podia sempre estar em contato com seu antigo amigo enquanto protegia seu legado, o "mundo elfico", protegendo secretamente as Terras Ancestrais de tudo o que acontecia fora da barreira - mas o tempo foi cruel com Dael'Lian, que tornou-se amargo e cansado, escolhendo por fim se alienar sobre o mundo todo.
Esse seu "afastamento" custou muito caro ao Druida, que um milênio após acordar o Carvalho, desapareceu sem deixar rastros ou qualquer vestígio do destino que se abateu sobre ele - deixando de ser o protetor juramentado das Terras Ancestrais e seus segredos.
Há quem diga que Dael'Lian morreu junto com Norno'Istari-Randa durante a Grande Invasão Sahuagin, que deu origem às 3 Tribos de Elfos Bárbaros do Sul de Amarilis.

As Cavernas de Dael'Lian


Depois de "desaparecer" das Terras Ancestrais refugiando-se num desconhecido Refúgio Druidico, por quase 300 anos.
O Arquidruida Dael'Lian volta às Terras Ancestrais em segredo para dar início à missão de buscar os sucessores de Ar'El e seus companheiros, no que diz respeito à proteção das Terras Ancestrais e seus segredos.
Depois de mais ou menos 150 anos treinando um grupo de Rangers e outros Druidas, acabou sendo obrigado a erguer um grande acampamento ao sul da Vila das Flores, mais precisamente em volta de algumas cavernas especiais, que continham muita Magia Primordial concentrada - essencial para a realização de seus rituais de vigília.
Essas cavernas tornaram-se o improvável altar das visões druídicas de Dael'Lian assim como dos grandes monumentos de pedra, esculpidas com maestria por mãos desconhecidas, mais antigas que o próprio tempo dos elfos naquelas terras.
Os próximos anos após a consagração de seu filho Maliel'Lian como líder dos Rangers do acampamento, o druida passava cada vez mais tempo meditando em frente às pedras em busca de respostas para sua missão - até que novas visões expulsaram o velho elfo para fora do subsolo e uma preparação de guerra teve início entre os seguidores de Maliel'Lian, que responderam à convocação de buscar, encontrar e abandonar todos os forasteiros na distante caverna de Norno'Istari-Randa, onde receberiam seu julgamento, podendo ou não retornar das garras do destino para finalmente confrontar o Arquidruida.
O que os Rangers não sabiam era que Dael'Lian havia há muito instruído o Grande Carvalho a entregar os artefatos de Ar'El a quem ele julgasse digno de empunhar o poder dos elfos e continuar a luta contra o Vazio onde quer que fosse necessário.
Dael'Lian esperou por muitos anos pelo impossível, até que o improvável aconteceu... Um Grupo de forasteiros, vindo de um lugar e época totalmente inacreditáveis, alegando portarem Faer'Annon vieram da caverna do grande carvalho trazendo consigo A arma de Ar'El, sua coroa e a antiga Chave para o Cubo - novamente absolutamente tudo mudava na vida do Arquiruida, que se via completamente mergulhado em eventos que não compreendia, mas que necessitavam da atenção do Refúgio Druídico...

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