CONHECIMENTOS - Reino de Belium (Briarfell, o Conquistador da Morte)

O Necromante de Briarfell


As terras de Belium e a formação do reino

Durante muito tempo as terras de Ascalon viveram livres e em harmonia com seus vizinhos.
Grupos, Vilas, Aldeias, Cidades e Estados surgiam e evoluíam por todos os lugares onde haviam terra e água. Não tardou até que as populações de cada local aos poucos tomassem conhecimento umas das outras.
Com a mesma velocidade com a qual esse conhecimento viajava, também levava consigo o medo e o receio a respeito das intenções alheias.
Assim como o medo crescia, algumas necessidades também o faziam, e assim as vilas viravam cidades, as cidades estados, e os estados se tornavam reinos armados até os dentes.
Em pouco tempo (na cronologia do mundo) as terras livres começaram a ver o surgimento de alianças entre reinos e, com elas, as regiões mais populosas do mundo conhecido se encontravam imersas em uma nova sensação de paz e liberdade vigiada - por tropas armadas mantendo todos dentro de muros altos.
Consequentemente, com mais e mais pessoas se dirigindo às maiores aglomerações, naturalmente foi surgindo a necessidade de expansão. Cada reino precisava aumentar o "quintal" e isso deu início aos primeiros conflitos por terra e água.
Passado algum tempo, o maior dos reinos do continente de Ascalon já se estabelecia como uma das maiores potências política e militar; mas ainda assim, longe de ser a nação efetivamente mais poderosa de todas.


Os Elfos e um novo ponto de vista

Após alguns anos de conflitos, uma nova época de paz e harmonia foi inciada com a chegada dos Elfos de Zimos - naquela época, elfos eram vistos como criaturas míticas e místicas, originárias de contos ou sonhos. E com a ajuda dessas criaturas, o Reino Fergor (futuro Império de Belium) ficou conhecido como o mais propenso à paz e promotor da harmonia em todo o continente. Enviando seus cidadãos Elfos (sempre que possível ou mesmo necessárioa todas as terras conflituosas que precisavam de ajuda ou simplesmente alguma "iluminação".
Um desses missionários elficos acabou se destacando por sua incrível capacidade de resolver conflitos sem derramar um única gota de sangue. Logo seu nome se tornou conhecido em todo o Reino Fergor, que o presenteou com as terras de Briarfell - um local desolado, de pouca beleza e alguns diriam que era até mesmo indigno de um elfo como aquele, mas Zylmaris aceitou sorrindo o presente e, o transformou numa verdadeira jóia do reino. Tirando da terra preciosidades que a realeza nem sequer imaginava que existiam.
Em pouco tempo sua fortuna se equiparou a seu prestígio e sua fama se estendeu aos outros reinos.
Por 75 anos Zylmaris acompanhou todas as movimentações políticas e manipulava secretamente as rédeas do reino por caminhos que o levaram a ser nomeado como o Alto Regente de Fergor - assim que a família real foi assassinada (envenenada) por rebeldes contrários à política militar do reino.
Com sua nomeação, iniciou o maior e mais inesperado levante que aquelas terras já haviam presenciado. Usou de seu prestígio e seu dinheiro para comprar a lealdade de todos que estavam à sua volta, tornando amigos em inimigos e liberando seu exército sobre todo e qualquer agrupamento de pessoas que tivesse a mínima chance de se tornar uma rebelião.


Nasce a Sombra de Briarfell

Daquele dia em diante (sua nomeação), o elfo Illadrim Zylmaris, conhecido por Zylmairs de Briarfell passou a ser chamado pelo reino e pela história pelo nome de Briarfell o Conquistador.
Em 10 anos (um piscar de olhos na vida de um Elfo) tomou controle total e absoluto de todas as terras protegidas pelo reino, expandindo seus domínios numa velocidade tão impressionante quanto resolvia os conflitos em sua época de Nobreza Menor.
20 anos após tomar o poder, contrariando todas as expectativas e esperanças da população, o então auto-intitulado Rei Briarfell convoca a todos os cidadãos para um longo pronunciamento, em que ele expôs todos os motivos que o levaram a fazer o que fez pelo reino...
Depois de quase 4 horas de discurso, demonstrações, prisões e execuções, simplesmente tirou a coroa, "enterrou" a espada no piso do palanque e FOI EMBORA do reino (junto com TODOS seus companheiros Elfos que vieram com ele de Zimos).
Esse abandono do reino era tudo o que os "abutres da côrte" estavam esperando - a chance de dominar o território sem fazer força.
Mas não foi tão fácil assim. Uma grande guerra pela coroa de Fergor se arrastou por mais de 40 anos.
A população humana já havia se misturado a outras raças e ainda haviam alguns que desejavam a volta do Antigo Rei, que jamais permitiria que o reino se tornasse o caos que se tornou...
Porém, todo conflito acaba! E com o fim desse, 1 das casas nobres da época do Antigo Rei finalmente conseguiu se apossar da coroa. Se assegurando que o nome de Briarfell caísse no folclore, mais como um nome de mau agouro, daqueles que todos evitavam falar para não trazer azar...


A fúria da Natureza e da Morte

Justamente num dia lindo e calmo que o então Mt. Briarfell (a maior fonte de riqueza de Zylmaris, também era um vulcão) explodiu furiosamente espalhando fogo e fumaça nas terras ao norte de Fergor, que arderam cobertas em cinzas mortais, mascarando uma força ainda mais devastadora do que a própria fúria da natureza...
Em questão de dias, todas as terras do o norte haviam sido completamente devastadas pelas cinzas do vulcão, que se alastravam juntamente com a assustadora notícia de uma legião de mortos-vivos que marchavam armados e em chamas em direção às grandes cidades do reino.
Em 2 meses, metade do então reino havia perecido sob a violência dos mortos, que aumentavam suas fileiras na mesma velocidade em que os rastros de sua destruição espalhavam histórias aterrorizantes.
Ninguém sabia ao certo o que havia acontecido, mas as gerações futuras dizem até os dias presentes que aquilo foi o retorno do Antigo Rei Briarfell e sua Horda de mortos-vivos.
6 meses após a explosão, um boato começou a circular a respeito de uma mente que liderava os mortos. O povo começou a dizer que se tratava de um "Necromante" e que ele queria chegar ao trono de Fergor.
Não muito tempo após o início dos boatos, "uma criatura" chegou ao trono e iniciou a construção de um enorme templo repleto de imagens distorcidas, pouco a pouco transformando a capital numa imensa necrópole militarizada, voltada ao culto do Vazio.
A entidade que assumiu o reino mantinha-se protegida por todo tipo de criaturas vivas (que a idolatravam e outras que partilhavam seu poder e seu sangue, que dizem as lendas, brilhava como um mar de estrelas) e principalmente mortas, que davam um novo sentido à expressão da maldade.
A partir daí, o "Necromante" reinou e expandiu seus domínios por 145 anos, escravizando, torturando e experimentando em cima de sua já reduzida população, que rezava todos os dias por um milagre que os livrasse do mal!


Equilíbrio e Sacrifício

Como as forças que regem o mundo tendem a se equilibrar, todo surgimento de um grande poder, sempre acaba forçando o desenvolvimento de forças contrárias para que haja um equilíbrio no mundo.
Quando "a entidade" aclamada como o Antigo Rei Briarfell se mostrou uma incomparável força das Trevas, os outros reinos de Ascalon viram a necessidade de se unir e atacar Belium por todos os lados, encurralando "o Necromante" por terra e mar, onde o maior de todos os desafios era levar a guerra até as Portas do Inferno (como a capital Belium ficou conhecida por anos) sem dar chance de aumentar ainda mais as tropas inimigas e finalmente pôr fim ao reino dos mortos.
A Primeira Grande Guerra Continental levou 36 anos para alcançar as Portas do Inferno e depor o então auto proclamado Senhor das Trevas, que FINALMENTE se mostrava aos seus inimigos como um poderosíssimo Lich alimentado pela alma de vários inocentes e outros subordinados - certamente a criatura mais poderosa que já pisara em Ascalon, praticamente DIZIMOU todos heróis que ousaram desafiá-lo.
Depois da inesperada derrota das forças aliadas, que tiveram suas tropas absorvidas pela Horda, seus heróis humilhados e transformados em escravos pessoais do Lich, viam em um único (recém-promovido e até os dias de hoje sem identificação precisa) General das forças aliadas decide realizar um último ataque ao inimigo - armado apenas de sua própria alma, parte para as Portas do Inferno a fim de enfrentar a Morte no mundo dos mortos.
O confronto certamente custou-lhe a vida. Mas possibilitou prender de vez o Lich nas sombras selando de vez a filactéria na forma de um grande OCTAEDRO feito de uma pedra aparentemente indestrutível, negra como a noite e repleta de inscrições de fogo que pareciam flutuar em suas facetas, movendo-se lentamente e zombando da apreensão de quem a observava por muito tempo...
A pedra foi levada para as masmorras mais profundas do hoje chamado Castelo Imperial de Belium - sendo talvez o lugar mais pesadamente armado do mundo, com uma guarda de milhares de guerreiros treinados ao limite.  


Vitória!

Com a derrota do Lich, o que sobrou das tropas aliadas se ergueram mais uma vez e avançaram novamente para finalmente destruir cada criatura morta-viva que ainda caminhasse pelas Portas do Inferno.
Com a erradicação da praga e a destruição de todos os monumentos erigidos pelo Lich, rapidamente elegeram novos oficiais comandantes e em pouco tempo iniciaram a imediata de purificação da terra. O objetivo era reconstruir a cidade de Belium...
Com o Ciclo da Vida e o esforço de todos aqueles que viveram o inferno, os mais de 400 anos de pesadelo foram apagados da população, que a cada geração fazia mais e mais para apagar a cicatriz deixada pelo Lich. 


O Ciclo do Medo

Muito tempo depois da reconstrução de Fergor e a consolidação do Império de Belium, estudiosos de diversos reinos e continentes se deslocaram para as ruínas subterrâneas de Belium (as Portas do Inferno) em busca de estudar a filactéria do Lich, o Antigo Rei Briarfell.
Por muito tempo os Imperadores deixaram a curiosidade guiar esses estudos a fim de entender e aprender com o passado para que isso nunca mais se repita em lugar algum do mundo.
Mas a benevolência teve um fim inesperado quando a filactéria DESAPARECEU das masmorras, deixando e em seu lugar um punhado fragmentos de pedras negras e uma Névoa Espessa e Fria como a morte, girando constantemente e emitindo luzes, raios, sons e imagens de luta, gritos, dor e vários nomes...
Poucos são os descendentes dos soldados que vigiavam a névoa antes do Selamento de sua câmara, mas eles ainda estão vivos e tentando esquecer o que viram e ouviram de seus pais, tios, avós, bisavós, etc...

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